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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

NOTA DE APOIO AO MOVIMENTO MÃOS LIMPAS

Assembleia Nacional de Estudantes – Livre,
fevereiro de 2011.
“Apesar de você
amanhã há de ser outro dia
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?”

O Movimento Mãos Limpas, que surgiu no Amapá com o intuito de combater a corrupção, desde dezembro do ano passado vinha coletando assinaturas em diversos pontos de Macapá através de um abaixo-assinado no qual requer, da Câmara de Vereadores de Macapá, a abertura de processo de cassação do mandato do atual prefeito, Roberto Góes, e o seu imediato afastamento.

O Movimento, composto e apoiado por mais de 20 entidades e diversos colaboradores, tem realizado diversos atos públicos e ações políticas desde que surgiu. Entretanto, tal como acontece com inúmeras entidades combativas em todo o Brasil, o Movimento Mãos Limpas tem sido alvo de ataques e mentiras.

O ataque mais recente se deu na semana passada. Com as assinaturas coletadas e anexas a um documento previamente protocolado perante a Câmara Municipal de Macapá, o Movimento deveria expor aos vereadores, no dia 17, os motivos do pedido de cassação do Prefeito Roberto Góes. A data foi designada pela Casa, mas, no dia, os integrantes do Movimento não conseguiram ter acesso à plenária. Seguranças e toda uma corja comandada pelo PDT impediram, logo de início, que eles entrassem. Muito nos admira até que ponto vai a hipocrisia de um partido que durante os oito anos que esteve à frente do Executivo estadual usurpou de todas as formas o patrimônio coletivo e faz do Estado do Amapá um instrumento para obtenção de vantagens individuais... Não acreditamos que tenha sido coincidência estarem todos lá, “comemorando a volta de Roberto Góes”, no exato momento em que o Movimento chegava. Mais do que afrontar, o intuito era desmobilizar e desmoralizar o ato promovido pelo Movimento Mãos Limpas.

Após alguns minutos de muita tensão, os integrantes do Movimento conseguiram entrar, mas foram imediatamente rechaçados pelo Presidente da Casa e pela maioria dos parlamentares que começaram a levantar suspeitas quanto à integridade do abaixo-assinado. O documento estaria, segundo eles, repleto de assinaturas e números de CPF falsos... Abertamente, ainda, essa mesma maioria se manifestou a favor da Gestão de Roberto Góes e deu boas-vindas ao Prefeito. O próprio Presidente, Rilton Amanajás, que antes havia dito estar ao lado do Movimento, disse que o Prefeito “merece o respeito de todos” e que a Câmara “continuará dando o apoio necessário para que o Município caminhe”.

Assim, o Movimento teve que se retirar da Casa e seus integrantes, em conjunto com diversas entidades, infelizmente, não conseguiram alçar sua voz em um espaço que deveria ser público e estar de portas abertas à sociedade civil organizada. Ressalte-se que rapidamente os veículos de comunicação locais retrataram o fato, sem esquecer, claro, de criminalizar o Movimento. Repudiamos aqui, mais uma vez, a imprensa amapaense que some quando estudantes vão às ruas reivindicar contra o aumento da passagem dos transportes coletivos, mas que rapidamente aparece para criminalizar atos como esse, do Movimento Mãos Limpas. Repudiamos em especial, o texto de Janderson Cantanhede, do Jornal do Dia, onde afirma que “para garantir a integridade física” de todos, Rilton Amanajás teve que suspender a sessão e que “logo depois de contornada a situação, a reunião transcorreu normalmente”. O Movimento Mãos Limpas não é composto por criminosos perigosos dispostos a quebrar tudo ou a agredir fisicamente alguém. O Movimento Mãos Limpas simplesmente queria ter acesso à Casa e pedir que um processo de cassação fosse instaurado, um processo que pudesse averiguar os indícios de corrupção levantados pela Polícia Federal. Quem estava ali só queria fazer valer dois direitos constitucionais: o de ir e vir e o da liberdade de expressão. Todos queriam que a Câmara saísse da inércia e pudesse, depois de instaurado o processo de cassação, dar uma resposta justa à sociedade macapaense. Todos estavam lutando por uma Macapá melhor e, de tabela, por um Amapá melhor.

A ANEL, por meio deste, vem esclarecer um pouco o ocorrido e declarar publicamente seu apoio ao Movimento Mãos Limpas. Afinal, estamos juntos no combate à corrupção.

PS: Só para que conste, os vereadores que defenderam e desejaram boas vindas ao prefeito Roberto Góes foram Rilton Amanajás, Acácio Favacho, Carlos Murilo, Jaime Perez, Aldrin, Gian do Nae, Grilo, Luizinho, Pastor Oliveira, Anab Monteiro e Marcelo Dias.



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

ANEL

Devido a alguns probleminhas, não tivemos condições de atualizar o blog nesses últimos meses. A ANEL, entretanto, não parou aqui no Amapá... Em que pese o fato de alguns companheiros terem viajado e os recessos de final de ano, nós nos mantivemos sempre em atividade nesse intervalo. Passamos por um longo período nos preparando para a Semana do Calouro da Unifap, que antes mesmo de finalizada (foi semana passada) já mostrou um saldo ultra positivo. Nesse ínterim, também conseguimos estar presentes na elaboração de um calendário unificado, onde ANEL, DCE, SINDUFAP e SINSTAUFAP estarão juntos desenvolvendo atividades que certamente fortalecerão a luta de todos aqueles que almejam uma universidade pública, gratuita e de qualidade...

À nível nacional, a ANEL realizou o Seminário Nacional sobre Educação, onde foi feito um balanço das políticas educacionais implantadas nos 8 anos de Governo Lula... Os debates se deram em torno de temas que foram desde o ensino fundamental e médio, passando pelo ensino técnico, até o processo de expansão e privatização do ensino superior. O Seminário, ainda, traçou possíveis perspectivas para o desenvolvimento do novo PNE (2011-2020) do governo Dilma.

E é assim, moçada, que a ANEL adentrou o ano de 2011... Um ano onde nós temos certeza de que mais do que lutas, nós teremos muitas vitórias.
Um forte abraço a todos.